segunda-feira, agosto 19, 2013

Suplício de Tântalo


Em meio aos desejos extasiantes
Masturbar-me em teu seio
Meu deleite impetuante
Megulharei em teu ventre
Sobre tuas lamúrias ardentes
Tão pálidas, cálidas, decadentes

E da carne que lhe resta somente o frio
Podres, fétidos pedaços sem brio
Restar-lhe-a apenas o vento sereno
A exaltar teu perfume sombrio

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns! Um moderno Augusto dos Anjos. Não se admitem comparações quando o assunto é poesia, pois cada um está num tempo, num espaço, com suas próprias influências, mas o talento, a fúria, a crueza e nudez da palavra escancarada permitem a comparação. Muito bom cara! Todos os que li até aqui. A riqueza do vocabulário indica que bebeu das fontes da poesia secular e derrama sentimentos e pensamentos de maneira magistral.