quarta-feira, outubro 20, 2010

A Borboleta

Cristina nasceu com tanta dor no peito
Que seu primeiro suspiro foi eleito
Por sua alma como um hino de trsiteza
A Deus e seus Anjos a seus Arcanjos e à sua Beleza

Mas correu no tempo depressa feito o vento
Em harmoniosa dicotomia para seu intento
Transbordou-se naquilo que flamejava sua certeza
Intuiu do fundo do seu espírito sua fraqueza

Pois passou a amar tudo que na terra floria
De vida e de alegria para, compensar sua fria
Intuição de que seu tempo corria a par
Do firmamento de seu arfar para seu voar

Todas as noites inflamava-se para beijar e abraçar
A Avó; sua Mãe mais seu Pai e a Irmãzinha mimar
Com sua doçura, sua vida que esvaía em paz
E uma noite dormiu, como para nunca acordar, aqui, jamais!