A criança pálida brincava
Suspensa no ar,
Como um balanço petrificado no tempo,
Seus movimentos, tênues, e prontificados,
Renasciam a um verso tão simples
Como o nascer da larva sobre a imobilidade.
Sem dizer uma palavra,
Contava-me que era a valsa dos ventos!
Uma inspiração das estações que contem os anos!
Mas para ela, balançando, tudo criava-se voando,
Um ciclo perpétuo de intensas vacuidades.
Seu sangue escorria, como uma nascente d'água
Sua cabeça, ao lado esquerdo lisa e em carne viva,
Deleitava seus sentidos com o soar das gotas caindo.
Ela piscava... tão devagar...
E a cada gota que descia por seu crânio imaculado
Nascia um anjo, todo feito de cismas do passado.
Felipe Martins De'Áries
-sábado, 02 de janeiro de 2010
sexta-feira, janeiro 22, 2010
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