quinta-feira, dezembro 19, 2013

O Abraço de Morpheus


Reveste minha alma mais escura
Sussurra o silêncio em negro manto
Memórias amadas da cor mais pura
O viço das lembranças pinta o pranto

Neste pincel a vida desbota
Sob o óleo murmúrio a tinta
Em traços trágicos a sina composta
A tela onde a morte se pinta

A saudade minha lânguida alma encubra
Nestas pinceladas de sânie a lagrima grita
Vislumbra a triste arte exposta a penumbra
O amor moldura esta minha cripta

domingo, dezembro 01, 2013

Fumaça Tóxica

"O eu é um amigo para o homem cujo eu foi conquistado pelo Eu; mas para aquele que não está de posse de seu Eu, o eu é como um inimigo."¹

Aqui dentro solto em convergências intrincadas
A fumaça ascende ao esquecimento
E vejo formas incompreensíveis no pensamento

Aqui dentro há um ai que canta
Um sopro que gela e uma confusão nefasta
Aos gritos malditos torna-se a lâmina abstrata.

Aqui dentro uns ais dissipados
Uma mente destruída,
Uma alma sem alma num corpo sem vida!


¹Bhagavad Gita, Canto VI.